Friday, January 28, 2005

Época Especial

Fiquei a saber, que os alunos que puderem fazer época especial pagam 10€ por exame! As únicas excepções são os alunos que têm o estatuto de finalistas. Portanto qualquer aluno que seja dirigente associativo ou trabalhador-estudante e quiser fazer um exame em época especial terá de pagar por isso.

Gostaria que o Advogado da nossa AE verificasse se isto não atenta contra a lei estipulada para estes dois regimes específicos. Eu próprio assim que tiver tempo irei ler a respectiva lei. Um trabalhador-estudante que não tem (praticamente) aulas no período pós-laboral tem, agora, de pagar por um direito concedido por lei.

Quanto às melhorias após acabarmos o curso, é possível fazê-las até o período de um ano por 10€, e após este período custam a módica quantia de 110€ (por melhoria)!

A questão para mim é se será adequado deixar fazer melhorias indefinidamente após o curso concluído.


Os exames estão aí e as eleições também!

Nesta altura do "campeonato" alguns professores já quebraram (ou irão quebrar) algumas regras. Neste caso só com os alunos é que a AE poderá saber o que se passa e com quem. É mau que existam razões para editar o "cartaz da vergonha" dos professores, mas visto que estas tendem a persistir era muito bom que os alunos ajudassem a AE a reeditá-lo.

Quanto às eleições, preocupa-me o facto de nenhum partido falar em educação. Parece que a nossa situação foi aceite pela sociedade em geral (incluindo partidos de esquerda) e até por nós próprios. Como um aluno é muito mais do que isso mesmo, leva em conta outros assuntos para elaborar o seu voto, mas ninguém falar sobre a lei de financiamento incomoda-me. .
Ja agora, percam tempo e leiam (ou tentem ler) os programas, nem que seja apenas o do partido em que sabem que vão votar.

Monday, January 17, 2005

O direito ao contraditório

Ao ser contactado pela vice-presidente do conselho pedagógico fui informado, da parte desta, que:
-Não defendeu, nem defende que se pague exames;
-Foi a favor da transferência da época de Setembro para Julho, mas não é a favor da sua extinção;
Como houve pessoas que não entenderam a mensagem, eu procurarei ser mais exlicito desta vez.
Os alunos (iseguianos e outros) votam numa lógica de camaradagem/amizade sem se aperceberem que estão ao mesmo tempo a apoiar ideias e visões completamente distintas das suas.
Como é lógico ainda não houve qualquer votação para as propinas, e é possivel que falhe nas minhas expectativas (era óptimo que assim fosse). A verdade é que na ultima constituição do conselho directivo, dos 4 alunos representantes apenas um votou contra a propina fixada pelo C.D.
Nessa altura esperava que fossem 4votos contra (e infelizmente errei).

Este ano prefiro ser mais pessimista, para ser surpreendido pela positiva.

Friday, January 14, 2005

Os alunos iseguianos

Fiquei imensamente surpreendido quando ouvi quem eram os novos representantes dos alunos iseguianos no conselho directivo.. Fiquei a saber que pelo menos 3/4 (poderá ser 100%) dos iseguianos concorda com a propína máxima..
Descobri também que queremos pagar para fazer exames, pelo menos essa é (ou no minimo foi) a opinião da nossa representante máxima no conselho pedagógico. A época de Setembro desta vez acaba de certeza, nem que seja por iniciativa dos nossos representantes!

Dá que pensar, não dá?

Friday, January 07, 2005

Parábola da Cantina

Talvez devido à nossa matriz judaico-cristã sempre vimos a parábola como uma excelente forma de pedagogia, vou por isso (tal cesar das neves) tentar partir de um acontecimento simples para uma conclusão mais ampla.
Normalmente quando se levanta esta questão: Qual o melhor investimento, Público ou Privado? Surgem de imediato longas e acaloradas discussões, dizendo-se por um lado que só o Estado com os seus fundamentos altruístas em prol do bem comum pode de facto investir de forma mais eficaz. Por outro existe o outro "clube", o clube que apregoa: "menos estado, melhor estado" que identifica qualquer intervenção pública como ineficiente.
Não querendo ter a posição mais simples de que "no meio é que está a virtude" parece-me que neste caso o melhor é de facto qualquer coisa do género. Basta ver o que aconteceu recentemente na nossa cantina.
Até ao final do ano passado a cantina e o bar do ISEG eram da responsabilidade dos serviçios de accão social da UTL (SASUTL), sendo o serviço aquilo que todos conhecemos, quer em termos de rapidez de atendimento e de qualidade das refeições (basta dizer que a cozinha apenas era utlizada para reaquecimento das refeições - as famosas batatas fritas aquecidas - ). Desde dia 3, que a responsabilidade do bar e da cantina passou para uma empresa privada, e os resultados estão à vista, mais qualidade, maior rapidez, com os mesmos custos. Mantendo-se a comparticipação pública que faz com que os preços nos surjam a um preço bastante mais baixo que o real.
A grande diferença reside em dois pontos : controlo de qualidade e gestão (aquele senhor simpático que nos pergunta se está tudo bem e que vai dando algumas instruções às funcionárias) aumento da responsabilização do concessionário através de contratos com menor duração.
Esta fórmula, quando aplicada correctamente pode resolver problemas que nem a pura iniciativa privada nem o Estado sozinho conseguem resolver. Basta ver o exemplo das SCUTS, onde o principal erro foi retirar totalmente ao utilizador os custos de utilização. Ou o caso dos Hospitais SA, onde o Estado ficou com a responsabilidade total das dvidas dos Hospitais.
A estória da cantina pode pois aplicar-se genericamente da seguinte forma: o estado constrói infraestruturas, entrega a exploração a privados, regulando o preço para facilitar o acesso aos bens e serviços.
Deve ser esta a forma de suprimir as falhas de mercado em casos onde existe vantagem privada. O problema surge quando atrás da iniciativa privada(ou publica) vêm interesses individuais... Mas só isso já justificava um post, opto por por a seguinte restrição ao modelo: o Homem é por natureza honesto.


P.S: esqueci-me de fazer uma referência ao fim da função mais estupida e burocrática de sempre : a funcionária que se limitava a recolher canhotos das senhas da cantina - onde é que este país irá parar??

IRS

Estava eu a discutir com o meu pai sobre o imposto sobre as sucessões, quando acabamos a discutir as taxas do IRS. Eu pessoalmente não concordo muito com a disposição do IRS por escalões, preferia que fosse uma simples função do rendimento. Não vou discutir se deve ser constante, linear ou logarítmica etc. Parece-me mais simples multiplicar o meu rendimento colectável por um coeficiente, do que ter as tabelas.

Parece-me algo feito por alguém da área de direito, ora vejam:
http://www.dgci.min-financas.pt/dgciappl/conteudosdgci.nsf/assets/B61ABA2D0AFC7D12C1256E580035BA43/$File/24e_desdobravelirs2004.pdf.
Eu fiz uma regressão para ver o aspecto (logarítmica) taxa normal no eixo dos yy e rendimento no eixo dos xx e pensei cá para mim: "Eu devo estar a fazer uma barbaridade" é que me parece mais simples e mais compreensível (como se quer qualquer imposto).

Desta forma ninguém fica prejudicado ao ganhar mais, as comparações entre países da progressividade deste imposto ficava simplificada.

P.S. Gráfico em baixo


gráfico Posted by Hello

Thursday, January 06, 2005

Lei de Gresham no ISEG

Após uma boa conversa com o bloger residente Ricardo Santos, ele deu-me a ideia de efectuar um post sobre o assunto discutido.

A verdade é que me parece ser possível aplicar esta lei, porque a má moeda efectivamente consegue expulsar a boa moeda.. Ora vejamos as ultimas listas para os órgãos de gestão, uma vergonha!! Esta era de tal magnitude que o meu colega Ricardo Santos e eu recusámos ir nas listas. Outras pessoas foram convidadas a sair das listas para entrar algumas pessoas que davam jeito para quem estava nalguma juventude partidária .
A outros que disseram-lhes: “Vais para aquele órgão que não é preciso trabalhar".
Como são boas moedas preferiram simplesmente não integrar as listas.

Para quem andou nestas vidas ainda deve conhecer alguns nomes (pelo menos daqueles que não mudaram de nome para não serem reconhecidos), alunos devotados ao ISEG que estão matriculados desde 1996 (e estão no segundo ou terceiro ano)! Realmente esta moeda não sofre de desgaste, a inflação não passa por ela e consegue renovar a sua face, embora a coroa seja sempre a mesma. Mas infelizmente não é a única, existe aquela má moeda fresquinha, acabada de ser emitida pelo banco central!

Qual é o papel da boa moeda? Ser absorvida pela má? Tentar expulsar a má moeda?

A boa moeda é expulsa, pois o seu valor faz com que seja ideal para a acumulação, enquanto a má moeda serve apenas para a troca.. O papel da boa moeda é a acumulação de capital e criação de riqueza e é importante evitar a todo o custo que a sociedade decida impor uma taxa de câmbio de um para um tal como foi feito com o marco da RFA (Republica Federal Alemã) e a RDA, ou que a boa moeda se desvlorize de tal forma que possa expulsar a má moeda.
É necessário que a boa moeda não se envergonhe do papel que tem!

(sempre podemos rezar e esperar que o leiloeiro expulse a má moeda)